19-01-2025 às 08h00
Alberto Sena*
O texto que se segue é uma chamada para o artigo da professora Mariah, publicado nesta edição. Ela, com toda a propriedade, destrincha, como um magarefe separa os cortes do boi gordo, na casa de carnes bovina, a banalização do mal virtual, que na opinião dela, e com toda razão, é o desafio filosófico da era digital.
Para ir logo ao português mais apropriado, o que estamos vivendo nesses dias tenebrosos, é uma verdadeira esculhambação sob todos os sentidos. Desde o desrespeito de um humano ao outro, o exercício egoístico que tudo é para ele e o resto que se…dane.
Mariah chama atenção para este mundo em construção, para o perigo que representa, em meio às gerações que acabam de chegar e as que estão chegando, um mundo inóspito, no qual é conservado aquele que consegue ser mais esperto do que os ouro a qualquer preço.
Sem mostrar a cara, as pessoas acham que podem ir agredindo ou inventando notícias para satisfazer os objetivos próprios.
“A violência por canais de virtualização e anonimização da vida é a nova faceta da banalidade do mal”, Mariah chama atenção para isso e é importante que todos nós que estamos tendo acesso ao artigo dela possamos refletir a fim de conseguir criar ideias para conter essa cachoeira de notícias falsas, a circular pela rede do mal.
“O dia a dia de mães e pais em todo o mundo tem sido atormentado com a autoestima dilacerada de seus filhos, jovens frustrados que já nascem num mundo onde a ostentação compartilhada por centenas de “influencers” celebrizados no cyberespaço é a única referência de vida exitosa”.
As pessoas de modo geral precisam refletir a respeito da geração atual, formada com o celular na mão, o que será dessa gente quando estiver na fase adulta. É possível que venham a ser zumbis direcionados a fazerem o que uma pessoa sozinha no comando do aparelhamento quer.
O objetivo é chamar a atenção do leitor do Diário de Minas para o artigo da professora, que deve ser lido por todos e principalmente por pais de família. A simples tomada de consciência das mudanças pelas quais a humanidade passa nesta era da informática, já pode deixar a massa humana em sintonia com as ocorrências do momento para evitar o avanço do mal difundido pela internet.
Que o leitor do DM leia também o artigo do jornalista José Altino Machado, que acaba de sepultar a companheira de 46 anos de idade, depois de 28 anos de convivência, levada por um câncer.
Alberto Sena é Jornalista e escritor