Acontece que a falta de recursos para balizamento e sinalização põe em risco a segurança dos navegantes e turistas que frequentam a região.
13-12-2024 às 07h27
Direto da Redação
Especialistas e autoridades defendem a inclusão do Baixo São Francisco como uma hidrovia federal. A iniciativa permitiria o acesso a recursos financeiros e a implementação de projetos essenciais, como o balizamento e a instalação de placas de sinalização.
Mas para isso é necessária uma parceria entre a Marinha do Brasil e o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), o que garantiria não apenas a segurança da navegação, mas também o desenvolvimento sustentável da região.
Para a Marinha Brasileira, a falta de balizamento e sinalizações em áreas críticas, como paredões e grutas, especialmente na região de Piranhas. Depois do trágico acidente em Capitólio, Minas Gerais, um estudo geotécnico foi realizado e ao final recomendou a delimitação de distâncias mínimas entre embarcações e paredões. Mas a falta de sinalização adequada deixa a região vulnerável a acidentes.
A questão é a de que o crescimento do turismo e do transporte aquaviário na região do Baixo São Francisco surge como um polo de desenvolvimento da economia do mar, em Alagoas. Acontece que a falta de recursos para balizamento e sinalização põe em risco a segurança dos navegantes e turistas que frequentam a região. Há necessidade urgente de providências por parte das autoridades.
Só para se ter uma ideia, a região do Baixo São Francisco, do município de Delmiro Gouveia até a foz do rio em Piaçabuçu, abrange cerca de 20 municípios de muitas belezas naturais, riqueza cultural e importância econômica.
A área é considerada como terceiro maior destino turístico de Alagoas, atrás só de Maceió e Maragogi, despertando interesse de turistas de estados vizinhos como Sergipe, Pernambuco e Bahia.
Há também um problema considerado como alarmante, o grande aumento do uso de motos aquáticas. O mais grave é que muitas dessas motos são operadas por turistas e amadores com pouca experiência. É preciso haver orientação clara e infraestrutura de segurança, porque a navegação desordenada é risco significativo para navegadores e o meio ambiente.
Com o verão à vista, se os problemas não forem resolvidos e com o fluxo maiaor de turismo, os riscos de acidentes vão aumentar.