Estamos mergulhados nas mudanças climáticas e a empurramos com a barriga, como sempre a sociedade faz em relação a algo que deveria atacar e preparar a população para amenizar os impactos.
09-12-2024 às 08h:35
Direto da Redação
Um tema que devia estar a circular feito o ar que respiramos, é a questão da escassez hídrica, aqui e no Brasil.
Os mineiros estão como toda a população brasileira vivendo do mesmo jeito que sempre viveu e não se ocupa com a questão da crescente falta do elemento fundamental para a vida animal e vegetal.
Não se trata de fazer aqui alarde, mas fazendo porque o tema justifica-se por si mesmo. O que acontece lá na Amazônia?, onde cinco das principais bacias estão no “pior cenário” – rios Madeira, Purus, Tapajós e Xingú.
Das cinco bacias, a do Rio Madeira já sofreu essa experiência, então esta é a sua segunda; para as demais – quatro – é uma novidade, novidade que gera uma baita preocupação. Sim, porque sinaliza o aumento – quatro vezes mais – do fenômeno que não parece ser ocasional.
Estamos mergulhados nas mudanças climáticas e a empurramos com a barriga, como sempre a sociedade faz em relação a algo que deveria estar sendo levando à população, para que autoridades, escolas e famílias possam contribuir de alguma maneira com o intuito de amenizar os impactos.
Lá na Amazônia o fenômeno ocorre como nunca aconteceu. Tivemos lá no Sul os problemas no Rio Grande do Sul. Por aqui os rios morrem de sede e o São Francisco está fadado a desaparecer até o ano 2030 e estamos entrando em 2025.
As perspectivas não são boas e é importante que o leitor do Diário de Minas tire um tempo para refletir sobre essas mudanças climáticas e o que cada um pode fazer (e os governos de modo geral) para tornar a vida menos difícil no planeta.
É necessário lembrar sempre que os rios aéreos da Amazônia são os responsáveis pelas chuvas no Sudeste do Brasil. O que acontecer à Amazônia vai impactar violentamente a nossa região.
Basta dizer que esse período das águas foi o mais diferente de todos. As chuvas vieram atrasadas e se não chover além das águas de março, certamente as nossas bacias hidrográficas, que o professor Apolo Heringer Lisboa tanto defende e chama a atenção do Governo mineiro para cuidar delas, estarão sob risco e com elas nós todos, imprevidentes como somos, estaremos recebendo o troco da ineficiência e falta de visão do presente.