O potencial socioeconômico, ambiental, político e cultural do pequi é sem medida
O movimento na cidade hoje é grande por ser o último dia da festa. Um dos pontos altos é a culinária, com várias barracas de pratos típicos, muitos com o pequi como ingrediente principal.
08-12-2024 às08h18
Direto da Redação
A 31ª edição da Festa Nacional do Pequi de Montes Claros, que se iniciou nesta sexta-feira, 6, termina neste domingo, 8, no Circuito Cultural da Praça da Matriz, com uma programação cultural e gastronômica.
A essa altura, a criação da primeira delas, na administração do então prefeito Luiz Tadeu Leite, me recordo de que corria o ano de 1993, já deve ter muitos pais, mas comigo aconteceu de sugerir que a Prefeitura devia fazer “A festa do pequi”. Disse, Patos de Minas faz a Festa do Milho”, Sabará faz a Festa da Jabuticaba, as cidades precisam explorar o que têm, por que Montes Claros não faz “A Festa do Pequi”?
Pouco depois da nossa sugestão a ele dada, recebi um telefonema dele na redação do jornal Estado de Minas, ainda na Rua Goiás, 36, no Centro da cidade, me dizendo que havia acatado a minha sugestão e faria a primeira festa, que foi local. Mas diante do potencial do pequi, em seguida passou a ser de âmbito nacional.
O potencial socioeconômico, ambiental, político e cultural do pequi é sem medida – lei que nasceu como portaria do então Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Florestal (IBF), quando o superintendente da época me telefonou de Brasília, década de 1980, para dizer que assinava naquele momento uma portaria proibindo o abate de pequizeiro em todo o território nacional, “baseado em suas reportagens”. Matérias feitas no Norte de Minas para denunciar o início da destruição do Cerrado.
A programa da festa, versão 31ª, foi bem diversificada, com apresentações musicais. O destaque da sexta-feira, quando começou, foi o Encontro de Violeiros e a Orquestra de Viola, seguidos pela banda A Outra Banda da Lua, conhecida pela revelação da cantora Marina Sena. Neste sábado, 7, se apresentaram Ricardo Vianna, Carol Boaventura, Jukita Queiroz e o grande cantor e compositor Beto Guedes.
O mais importante que tudo isso em meio a uma feira de artesanato, com exposições, oficinas artísticas e o tradicional Concurso de Arroz com Pequi, que celebra a versatilidade deste fruto. O cheiro característico dele toma conta dos ares de Montes Claros. Mas haverá também debates e atividades educativas sobre preservação ambiental e valorização da cultura local.
O movimento na cidade hoje é grande por ser o último dia da festa. Um dos pontos altos é a culinária, com várias barracas de pratos típicos, muitos com o pequi como ingrediente principal. O tradicional arroz com pequi e outras delícias regionais.
A programação de hoje é a seguinte: 8h30, Encontro Guardiões da Gastronomia das Geraes; 10h Encontro de Folias; 12h Thotinha Fernandes; 20h Heberth Lincoln; 21h Bela do Acordeon; 22h Banda Taboo para encerrar.
