O novo depoimento do tenente-coronel Mauro Cid é comparável a um míssil | CRÉDITOS: Divulgação
Calcule quem estiver na escuta, o potencial do míssil que deve ter o novo depoimento do tenente-coronel Mauro Cid, que o ministro Alexandre de Moraes não quebrou o sigilo.
28-11-2024 às 09h:05
Alberto Sena*
Efervescentes dias a política nacional viveu e vive de modo a mobilizar as atenções devido aos acontecimentos relacionados com o plano de golpe de Estado e de assassinato de Lula, Alckmin e Alexandre de Moraes. Ninguém imaginava uma coisa dessa, apesar de que o aborrecimento de Bolsonaro denotava alguma coisa, inconformado com os resultados das urnas. Foi o único presidente que não conseguiu se reeleger.
O mais curioso em meio às prisões de militares do Exército e um da Marinha, além de outros, é que eles facilitaram e muito o trabalho da Polícia Federal ao fazer tudo por escrito, as provas incontestáveis, que comprovam a capacidade de Bolsonaro e a turma dele de planejar as aberrações e mostrar que fizeram mesmo.
Diante das evidências, não há como o ex-presidente convencer a gregos nem a troianos de que nada sabia, diante de provas tão barulhentas e cabeludas conseguidas pela Polícia Federal, que fez um trabalho extraordinário, em mais de 800 páginas.
Quem está de fora vendo o circo bolsonarista pegar fogo, fica imaginando a qualidade dos dias que o ex-presidente e a sua turma indigesta estão vivendo. O Natal está chegando e o Ano-Novo também e eles devem ficar a ruminar a certeza de que depois do recesso da Justiça, o ano de 2025 será o mais quadrado para todos, que, com as barbas de molho, estarão aguardando o veredicto.
Calcule quem estiver na escuta, o potencial do míssil que deve ter o novo depoimento do tenente-coronel Mauro Cid, que o ministro Alexandre de Moraes não quebrou o sigilo. Ele deve ter os mais justificáveis motivos para isso.
Gemer e tentar inverter os fatos para encobrir as culpas é parte da reação de quem mais uma vez foi apanhado com a mão na botija. Eles irão perceber que a sede de poder tomado à força tem os seus percalços e pode se tornar tema para reflexão, dentro da comodidade do espaço de quatro linhas de paredes.
*Editor Geral
