Introdução ao fundo do Espaço B

Estanques, os livros conversam uns com os outros, como dizia Bartolomeu de Queiroz, em meio ao alvoroço, de vozes, dos que bebem vinho, champagne ou cachaça, e comem do melhor.

27-11-2024 às 09h:36

Bento Batista*

Por esses dias vividos em Diamantina, fizemos várias descobertas. A principal delas, dentro da cidade, vamos logo dizer para você, que pretende ir viver Diamantina: é o Espaço B.
Trata-se de um lugar, como quase tudo lá, antigo, impregnado de história, do teto até embaixo. É nesse espaço que Beatriz Santana, no dia a dia, constrói tempo novo.
Em futuro longínquo – previmos e prevenimos – ela também fará parte da história, de glória, de Diamantina, nos livros publicados no ano 3000.
No “Espaço B”, quem quiser beber uma, duas ou três, faz isso e muito mais, exercitando o ABC. Pode encontrar livros de todo tipo, dos clássicos da literatura universal aos melhores autores da literatura nacional. Todos ali pouco dormitam nas estantes, como galináceos em poleiro.
Estanques, os livros conversam uns com os outros, como dizia Bartolomeu de Queiroz, em meio ao alvoroço, de vozes, dos que bebem vinho, champagne ou cachaça, e comem do melhor.
Sai o prato principal, “escalopes de mignon serenado com linguine na manteiga de sálvia, crocante de ervas e mix de cogumelos e alho poró”. Tudo saboroso e de qualidade, ó senhor. Deixa nada a dever comparada às livrarias do tipo, daqui do Brasil ou de fora, ó senhora.
Sem levar em conta que o Espaço B reúne cabeças pensantes. E é tão desconcertante dizer, mas as melhores lições não são aprendidas em salas de aulas, na universidade, mas às mesas do Espaço B.
Se você tiver alguma dúvida em relação ao descobrimento do Espaço B, feito em moldes pra agradar você, vá conferir. Beatriz sabe, o importante é a qualidade, a cortesia e a alegria de viver.
Tudo isso você pode encontrar no Espaço B. A preços módicos. Bia, como é chamada gosta, gosta tanto de receber as pessoas que podia tudo fazer de graça. Mas porque respeita você, pôs preços nas coisas, “pramode” o freguês não se perder.
A cortesia, a alegria e a oportunidade de ouvir o diálogo dos livros, uns aos outros em colóquios imortais, e até com você, tudo isso sai de graça, porque não tem preço. É apreço, vontade de bem servir.
Vá ao Espaço B, quando for a Diamantina. Faça descobertas. Certas. Diamantina é terna, eterna. Está lindamente vestida de poesia pra encantar você.