Eu, cruzeirense que fosse, já sugeriria uma campanha para repaginar a história do Gabriel e do próprio Cruzeiro, que amargou tempos tristes na segunda divisão do Brasileiro
14-11-2024 às 07h:15
Elisane Amaral*
Pois é. O Gabigol é do Cabuloso. E terá que mudar de nome. Logo explico. Pois bem, a alegria do cruzeirense começou com a derrota de seu arquirrival, Atlético, para o Flamengo, pelo título da Copa do Brasil. E uma derrota do Galo na Arena MRV é vitória extracampo para o cruzeirense, convenhamos. E esse regozijo todo foi coroado com a bomba pós-jogo: o anúncio de que Gabriel estaria vindo para o Cruzeiro. O próprio jogador fez questão de ostentar a camisa azul-celeste, o que pegou de surpresa até seus colegas de elenco.
Pois é. Mas Gabigol, que nem é tão Gabigol assim, já que seus chutes a gol têm balançado as redes adversárias cada vez menos (seus números que o digam), e posso provar. Ei-los, para sensata averiguação:
2019- 43 gols em 59 jogos.
2020- 27 gols em 43 jogos.
2021- 34 gols em 45 jogos.
2022- 29 gols em 63 jogos.
2023- 20 gols em 58 jogos.
E neste 2024, uns míseros 7 gols em 35 jogos.
Pois é. Mas isso não quer dizer nada, já que o Cruzeiro deve bancar sua vinda como a maior transação da história do clube, para garanti-lo por essas bandas por quatro temporadas.
Eu, cruzeirense que fosse, já sugeriria uma campanha para repaginar a história do Gabriel e do próprio Cruzeiro, que amargou tempos tristes na segunda divisão do Brasileiro (mas, não precisamos lembrar disso, né?) É hora de trazer um Gabiloso / Gabizêro / Gabipôsa, com estrela e gana de vitórias, gols e títulos.
Pois é. Que esse acordo apalavrado seja convertido em contratação de fato, já que, em junho último, após a direção do Cruzeiro anunciar em suas redes sociais a contratação do Dudu, depois de intensa comemoração e festejos por parte da torcida, o jogador desistiu de vir e a história toda virou chacota. E por falar em Dudu, o Cruzeiro tem monitorado o jogador. Vai que dessa vez dá certo, né?
Pois é.
* Elisane Amaral é escritora integrante da Academia Feminina de Letras de Montes Claros