Se a nossa sociedade tivesse dado certo, as famílias não estariam nas ruas e em cada porta de banco, em cada porta de farmácia não haveria adulto, jovem, mulher e criança com a mão em forma de concha pedindo uma esmola.
Direto da Redação
Se o vencedor das eleições municipais para prefeito de Belo Horizonte fosse “o gordinho que Bolsonaro mais gosta”, como disse o controvertido deputado federal Nicolas Ferreira (PL), o eleitor teria que aguardar a posse dele, em 6 de janeiro, para começar a fazer cobranças de suas promessas de campanha.
Como o vencedor foi o prefeito Fuad Noman (PSD), reeleito, não será necessário esperar a posse dele, em 2025 para cobrar dele certas coisas pois ele está prefeito e já não vinha fazendo uma boa administração. Só venceu para impedir a vitória do candidato de Bolsonaro, isto é, o avanço da direita em Belo Horizonte. Simplesmente. Porque ele tem deixado a desejar e esperamos que Fuad II não seja mais do mesmo.
Por que até os dias de hoje o prefeito não resolveu essa gritante questão dos moradores de ruas? Será que quando da campanha ele não andou pelas ruas do Centro da capital ou se andou não viu e se viu não sentiu vergonha de ver ali jogados no chão uns semelhantes dele, com a grande diferença de não usarem suspensórios?
O presidente da Câmara Municipal de Belo Horizonte, Gabriel Azevedo, quando candidato a prefeito (MDB) disse ao Diário de Minas, em entrevista na sua padaria, no alto da Avenida Afonso Pena, que a primeira coisa faria, se fosse eleito, era resolver esse drama dos moradores de rua, uma porção deles em vários pontos, dando mostras do quanto a sociedade nossa é hipócrita e não deu certo.
Por isso e por muito mais, Gabriel Azevedo tinha um plano de governo factível e teria sido melhor para os belo-horizontinos e para a cidade porque tem expertise para tal. Mas em algum momento, a sua campanha falhou e acho que Belo Horizonte perdeu, porque só se pode acreditar que Fuad II resolverá o problema quando ele se mover do gabinete para tomar uma atitude. O drama social é gritante.
Se a nossa sociedade tivesse dado certo, as famílias não estariam nas ruas e em cada esquina, em cada porta de banco, em cada porta de farmácia não haveria adulto, jovem, mulher e criança com a mão em forma de concha pedindo uma esmola. Onde está a dignidade, a fraternidade e, principalmente, a caridade das pessoas? É cada um para si e o resto que se dane?
Ora, com efeito! Passa da hora de o senhor prefeito resolver as questões prementes porque a capital mineira, que já foi um brinco, carece urgentemente de uma requalificação de fato e não só de retórica.BH é uma cidade nova para parecer assim tão velha!