Tudo bem comemorar o 7 de setembro como o Dia da Independência porque saímos de um sistema de reis para a república, e estamos vivendo democracia, depois de quase comprometida por uma turba de lobos travestidos cordeiros
Hoje é Dia 7 de Setembro, quando é comemorada a “Independência do Brasil” do jugo português, que ficava com o “quinto do ouro”, como se apreendeu desde os bancos escolares.
Mas é importante aproveitar a oportunidade para fazer uma reflexão. O Brasil ficou independente de Portugal, mas com o desenrolar do tempo, acabou ficando dependente de uma série de outros países que daqui sugam as riquezas de forma mais vil.
O “ouro” da vez é o mineral lítio, que gerou uma corrida colocando o nome de Minas Gerais na Bolsa de Nova Iorque, onde o governador Romeu Zema (Novo) lançou o “Vale do Lítio”. Mais especialmente, Araçuaí e Itinga ganharam o mundo. Atraiu e atrai estrangeiros para explorar o lítio, mas o povo do Vale continua quase do mesmo jeito de sempre, porque as riquezas saem de lá e pouco ou nada ficam para a comunidade de onde são extraídas.
Este é o exemplo mais atual da nossa dependência de norte-americanos, chineses, japoneses, europeus… e ainda assim vamos sobrevivendo, se não sucumbirmos nas mãos dos patrícios, que, no afã de produzir para lucrar dólares não acabarem com o País que vive atolado numa série de acontecimentos inclusive atribuídos às mudanças climáticas.
Tudo bem comemorar o dia 7 de setembro como o dia da independência porque saímos de um sistema de reis para a república, e estamos vivendo democracia, depois de quase comprometida por uma turba de lobos travestidos de cordeiros.
Além da dependência que vem de fora para dentro, temos a dependência de um sistema viciado, que à semelhança do crime organizado, a diferença é o fato de ser oficialmente estruturado para servir aos seus patrocinadores políticos eleitos pelo povo muitas das vezes despreparados e dependentes de pequenos favores dos que prometeram e jamais cumpriram, em troca de um voto.
Na época em que era cantado o Hino Nacional nas escolas primárias, o Dia 7 de Setembro era comemorado com desfiles dos estudantes pelas ruas da cidade, junto a militares com baterias e tambores a frente.
A data está mantida, mas de lá para cá houve tanto desgaste e a dependência cresceu tanto que o espírito já não é o mesmo. Os “patriotas” são outros, aqueles que vestem a camisa amarela da inexpressiva seleção brasileira de futebol.