Créditos: Divulgação
23-12-2025 às 13h07
Direto da Redação*
Desde meados deste mês de dezembro, Leonardo Carvalho de Lucena Navaes, Capitão de Mar e Guerra é o novo Comandante da Capitania dos Portos do Rio de Janeiro – CPRJ, tida como uma das mais importantes do Brasil, inclusive em termos de movimentação, pois é uma região estratégica para o turismo e o comércio exterior, mormente do petróleo.
Como lembram os professores Paulo Roberto Cardoso, como representante da SOAMAR BH e Valseni Braga (leia-se Grupo Batista de Educação) presentes na cerimônia, Lucena Navaes serviu antes a Capitania Fluvial de Minas Gerais por dois anos. Havia substituído Washington Luiz Vieira de Barros, igual Capitão de Mar e Guerra, na condição de 3° Comandante de Capitania Fluvial aberta em 2018, em Belo Horizonte (MG).

Ele acumula experiências nacional e internacional: Secretaria-Geral da Marinha, Esquadra e Colégio Interamericano de Defesa em D.C. (EUA). Na sua estada em Minas Gerais, a Marinha Brasileira cresceu ao passar à população a visão de que a MB cuida de águas dalém mar também. E nesse diapasão vieram planos para estruturas de apoio para a Lagoa dos Ingleses, em Nova Lima e a Represa Várzea das Flores, que banha áreas de Betim e de Contagem.
Como reza o rito de “Transição de Comando”, a cada dois anos acontece, como aconteceu em 2025, quando
Lucena, no comando da Capitania Fluvial, foi substituído por outro CMG, Alessandro de Paula Lima.
O que os mineiros já estão se acostumando é que, mesmo sendo um Estado mediterrâneo, é obrigação da MB fiscalizar e orientar sobre a navegação segura nos rios, lagos e represas, e também confere atuação na prevenção da poluição hídrica, mais salvaguarda a vida humana na água.
Para o leitor mineiro fazer uma ideia, o lago artificial de Furnas, um dos maiores do planeta, além do nosso chamado Rio da Integração Nacional – o São Francisco têm fiscalização da parte da Capitania Fluvial de Minas Gerais (CFMG).
Mas a estratégica Capitania dos Portos do Rio de Janeiro é de grandeza desde o século XIX, porque quando porto da capital imperial, tinha controle rigoroso do tráfego marítimo, que crescia a partir do comércio internacional e imigração concomitante à importância da política na epitetada Cidade Maravilhosa, que haveria de ser.
Evidentemente que essa importância se estendia para todo o Continente Sul Americano. Grande parte da frota militar de defesa da Marinha de Guerra do Brasil lá está, na Ilha das Cobras, no Arsenal da Marinha.
Durante todo esse tempo, a CPRJ palmilha o desenvolvimento do porto do Rio de Janeiro, da Baía de Guanabara e demais atividades navais brasileiras. Mesmo porque o Capitão dos Portos tem a responsabilidade de fiscalizar a navegação marítima, fluvial e lacustre.
Mais ainda, a MB fiscaliza: habilitação de marítimos e amadores, tanto comandantes de embarcações de esporte e recreio; faz inspeção naval, examina condições de segurança das embarcações, além de registro das respectivas embarcações.
Outra coisa que a Capitania faz e é importante que a população saiba, é o trabalho de prevenção da poluição ambiental, em águas sob sua jurisdição. Para o Rio de Janeiro, essa atividade da MB é de grande importância: ações de busca e salvamento, apoio a situações de emergência, além, claro, o devido cumprimento da Legislação Marítima Nacional e Internacional.
Como não poderia deixar de ser, a CPRJ está subordinada ao Comando do 1º Distrito Naval, no Rio de Janeiro, e tem delegacias e agências marítimas espalhadas pelo estado a fim de assegurar presença e fiscalização ininterrupta todos os dias do ano, durante 24h no mar, no ar e na terra.
A responsabilidade da CPRJ é cobrir uma das áreas mais movimentadas do Brasil, inclusa a Baía de Guanabara, os 1.094 km de litoral do estado do Rio de Janeiro, e uma das maiores concentrações de marinas, clubes náuticos e terminais privados do país. Intenso é o tráfego de navios mercantes, embarcações de pesca, plataformas “offshore”, balsas e embarcações de lazer.
Os primeiros submarinos nucleares do Brasil, estão sendo construídos na Base Naval de Itaguaí, em parceria com a inciativa privada e tecnologia francesa. Já foram lançados ao mar quatro submarinos da Classe Riachuelo convencionais: S-40, Riachuelo, em 2022; S-41 Humaitá, em 2024; S-42, Tonelero, em 2025 e o S-43, Almirante Karam em novembro deste ano que vai chegando ao fim.

