Vista panorâmica de BH, Alto da Av. Afonso Pena - créditos: Bárbara Elce
06-12-2025 às13h08
Direto da Redação
Dezembro, 2025. O Conselho Curador do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) aprovou, na última quarta-feira, a ampliação do uso do fundo para imóveis de até R$ 2,25 milhões. A medida, que passa a valer para contratos novos e já em andamento, permite ao trabalhador utilizar o saldo do FGTS para compor a entrada, amortizar ou quitar o financiamento, além de abater parte das parcelas em operações enquadradas nesse limite.
“Na prática, o FGTS volta para a mesa como peça-chave na montagem da entrada. Quem estava com a compra engatada, mas não conseguia usar o fundo, agora ganha fôlego para fechar negócio, tanto quem busca o primeiro imóvel quanto famílias que querem fazer um upgrade em mercados de maior valorização. O comprador reduz o valor financiado, melhora a análise de crédito e consegue uma prestação mais compatível com a renda. Do lado das incorporadoras, a medida ajuda a girar estoque e a planejar novos lançamentos com mais clareza sobre o comportamento da demanda”, afirma Renato Monteiro, especialista em mercado imobiliário e CEO do Grupo Sort, holding que reúne empresas do setor imobiliário e de tecnologia e possui mais de R$ 8 bilhões em ativos sob assessoria.
Antes dessa decisão, só podia usar o FGTS quem tivesse assinado o contrato quando o valor do imóvel ainda se enquadrava no teto em vigor. A resolução de 2021 criou, na prática, dois grupos distintos: de um lado, os contratos firmados até 11 de junho de 2021, que mantinham o direito ao fundo e de outro, os contratos assinados a partir de 12 de junho daquele ano, sujeitos a regras mais rígidas. Em mercados onde os preços ultrapassaram rapidamente R$ 1,5 milhão, muitos financiamentos mais recentes ficaram impedidos de acessar o recurso, mesmo já dentro da realidade de valores de hoje. Com a decisão do Conselho Curador, essa divisão deixa de existir. Qualquer financiamento enquadrado no Sistema Financeiro da Habitação, com valor de até R$ 2,25 milhões, pode utilizar o FGTS, independentemente da data de assinatura do contrato.
Entenda o que muda para quem quer comprar agora
Com a decisão, o comprador que se enquadra nas regras gerais de uso do FGTS passa a ter mais opções na prática. Entre elas:
Usar o FGTS como parte da entrada
O saldo pode ser utilizado para complementar a entrada do imóvel, reduz o valor a ser financiado e, em muitos casos, destrava a aprovação do crédito.
Amortizar o saldo devedor ao longo do contrato
O trabalhador pode usar o FGTS para amortizar o financiamento, para reduzir o prazo total ou para diminuir o valor da prestação mensal.
Quitar o financiamento antecipadamente
Para quem acumulou saldo relevante no fundo, a nova faixa abre espaço para liquidação de contratos dentro do SFH até R$ 2,25 milhões.
Abater parte das prestações por um período
É possível utilizar o FGTS para pagar parte da prestação por tempo determinado, o que alivia o orçamento familiar em fases de maior desafio financeiro.
Sobre o Grupo Sort
O Grupo Sort é comandado por Renato Monteiro e reúne empresas dos segmentos imobiliário, tecnologia, indústria e varejo, entre elas a Fast Sale, a PipeImob Tecnologia, a Sort Empreendimentos e a Sort Investimentos. Com mais de R$ 8 bilhões em ativos sob assessoria, o grupo se destaca pela seleção e gestão de imóveis voltados a investidores de diferentes perfis, com forte atuação no mercado de galpões logísticos. Atualmente, administra mais de R$ 3 bilhões em ativos nesse segmento, com taxa de vacância inferior a 3% e crescimento expressivo em negociações de terrenos e empreendimentos logísticos em todo o país.

