Pastor Mário de Oliveira, líder nacional da IEQ - créditos: IEQ
03-11-2025 às 17h07
Samuel Arruda*
Belo Horizonte (MG) — Nesta segunda-feira, 3 de novembro de 2025, o Pastor Mário de Oliveira, uma das figuras mais influentes do movimento evangélico brasileiro, completa 80 anos de vida e celebra 60 anos de ministério pastoral.
Presidente nacional da Igreja do Evangelho Quadrangular há quase três décadas, Mário construiu uma trajetória marcada pela formação de lideranças, evangelização, expansão da denominação e presença midiática contínua, consolidando-se como uma das vozes mais reconhecidas da fé cristã no país.
Das origens simples ao púlpito nacional, pastor Mário de Oliveira, natural do Baurú São Paulo, iniciou o ministério ainda jovem, movido por uma convicção que o levaria a cruzar fronteiras e transformar vidas.
Tornou-se conhecido nacionalmente ao liderar a expansão da Igreja Quadrangular em Minas Gerais, implantando a primeira sede da denominação em Belo Horizonte.
A partir dali, seu trabalho se multiplicou: centenas de igrejas foram abertas e milhares de obreiros formados, consolidando uma presença duradoura e vigorosa da Quadrangular no cenário evangélico brasileiro.
A voz que o Brasil aprendeu a ouvir durante as décadas de 1970 e 1980, a voz do pastor Mário de Oliveira ecoava pelos rádios mineiros.
Seu programa “Cadeia da Prece”, transmitido pela Rádio Itatiaia, alcançou índices recordes de audiência e transformou as manhãs de domingo em momentos de oração e comunhão.
Para muitos ouvintes, aquela voz firme e compassiva era um abrigo espiritual em tempos de incerteza.
Atualmente, Mário continua levando sua mensagem ao público na Rádio 107,5 FM – a Rádio do Povo de Deus, mantendo viva a tradição de reflexão, fé e esperança que marcou sua trajetória.
Com um ministério de alcance nacional, ao longo de seis décadas de atividade pastoral, o Pastor Mário esteve à frente de:
Implantação e reforma de templos;
Capacitação de novos pastores e líderes;
Batismo e discipulado de milhares de pessoas;
Projetos missionários em comunidades urbanas e regionais.
Com um estilo de liderança reconhecido pela organização, firmeza e constância, tornou-se um dos líderes evangélicos com maior tempo de exercício à frente de uma denominação nacional — algo raro em tempos de sucessões rápidas e divisões institucionais.
 Com reconhecimento público e justiça restaurada, este ano de 2025 marcou um episódio decisivo em sua vida.
Após acusações divulgadas nas redes sociais e mencionadas até no Senado Federal, um inquérito instaurado na Comarca de Montes Claros (MG) para apurar denúncias contra o pastor foi arquivado pela Justiça, a pedido do Ministério Público, que concluiu pela ausência de provas e de indícios mínimos.
Em seu parecer, o órgão afirmou que prosseguir com a ação configuraria uma “lide temerária” — termo jurídico usado para definir processos infundados, capazes de causar prejuízo moral e social ao acusado.
O arquivamento encerrou o caso e reforçou a integridade e inocência do líder religioso.
Casado com a Pastora Bianca Rabelo de Oliveira, o pastor é pai de Mário Júnior e Arthur de Oliveira.
Aos 80 anos, mantém-se ativo, lúcido e envolvido nas atividades administrativas da Igreja, viagens missionárias e gravações de mensagens.

Pessoas próximas descrevem-no como disciplinado e sereno, com uma rotina que combina leitura diária, oração, caminhadas e planejamento de novos projetos.
Mesmo com o passar dos anos, continua a conduzir sua missão com o mesmo entusiasmo da juventude.
Um legado que continua a inspirar
Chegar aos 80 anos de idade e 60 de ministério é um legado que continuará a inspirar fiéis e membros da igreja. Para Mário de Oliveira, mais do que uma conquista pessoal — é um testemunho de fé, resiliência e continuidade.
Com saúde estável, vida familiar estruturada e reconhecimento público, ele atravessa um novo capítulo de sua história com serenidade e gratidão.
Para amigos, fiéis e companheiros de jornada, o momento representa a celebração de um legado construído sem improviso, sem atalhos e sem pressa.
Como resume um pastor que o acompanha há mais de três décadas:
“Você pode concordar ou discordar, mas não há como ignorar o tamanho da sua história.”
*Samuel Arruda é jornalista e articulista

