
Blogueiro ex-pastor Leonardo Alvin e a criadora de conteúdos em rede social, Helen Rabelo - créditos: divulgação de domínio público
30-09-2025 às 16h56
Samuel Arruda*
Um áudio vazado nas redes sociais trouxe à tona uma conversa alarmante entre o ex-pastor Leonardo Alvim, de Belo Horizonte, e a influenciadora digital Helen Bianca Rabelo, de Montes Claros. Na gravação, Helen menciona valores que chegariam à casa dos “milhões” e afirma, de maneira irônica, que precisaria arrecadar aproximadamente R$ 8 mil reais para realizar um procedimento estético de implante de silicone “na frente e atrás”.
Durante o diálogo, a criadora de conteúdo chega a rir ao cogitar que o valor poderia ser arrecadado por meio de vaquinhas virtuais, ironizando os próprios seguidores e potenciais doadores, que, segundo ela, poderiam acabar contribuindo para fins pessoais sob falsas premissas.
A revelação entra em contradição com os pedidos públicos de doações anteriormente realizados, os quais, supostamente, seriam destinados à recuperação de contas em redes sociais e à emissão de atas notariais. O conteúdo vazado levanta sérios indícios de desvio de finalidade na arrecadação, o que pode configurar manipulação emocional dos seguidores, induzidos a erro por justificativas que não condiziam com a real destinação dos valores.
https://www.youtube.com/shorts/lU7u9bYiZ-M
Histórico de oposição à Igreja Quadrangular
Tanto Leonardo Alvim quanto Helen Bianca têm se destacado, nos últimos anos, por críticas sistemáticas e ataques dirigidos à Igreja do Evangelho Quadrangular (IEQ) — instituição cristã séria e respeitada, que conta com mais de 18 mil templos em território nacional e no exterior, sob a liderança espiritual do Pastor Mário de Oliveira, referência nacional no meio evangélico.
De acordo com relatos, ambos atuam ativamente incentivando líderes religiosos a se desligarem da denominação, promovendo um discurso de desinformação e enfraquecimento institucional.
Leonardo Alvim, que insiste em se apresentar como pastor, já não possui qualquer vínculo com a IEQ, tendo sido desligado da função pastoral. Helen Bianca, que também se autointitula pastora, é ex-frequentadora da igreja e igualmente não representa ou fala em nome da instituição.
Conduta suspeita e implicações legais
O conteúdo vazado, aliado ao histórico de ataques públicos à IEQ, tem gerado ampla repercussão nas redes sociais. Fiéis e líderes eclesiásticos manifestam indignação diante do possível uso indevido da fé alheia e da confiança de seguidores para benefício próprio.
Especialistas em direito digital e penal alertam que, caso fique comprovada a utilização de vaquinhas virtuais com falsas finalidades, pode-se configurar crime de estelionato e outras fraudes eletrônicas, com penas previstas em lei.
*Samuel Arruda é jornalista